terça-feira, 30 de outubro de 2012

BEIJA FLOR DE GRAVATA


Zool.]-Beija-flor-de-gravata-vermelha é o nome popular de uma ave da família Trochilidae, considerada uma espécie rara e endêmica da Chapada Diamantina. Esta espécie encontra-se ameaçada de extinção por ter distribuição geográfica muito restrita.
O nome científico do beija-flor-de-gravata-vermelha é: Augastes Lumachellus.

Mede 9 cm de comprimento. Possui fronte e placa gular verde cintilante, sendo esta última realçada de negro, gravatinha vermelha, faixa peitoral branca e cauda vermelho-cobre. Quase não há dimorfismo sexual.
É uma espécie ainda pouco conhecida, porém sabe-se que vive em áreas rupestres entre 950 a 1600 m de altitude, onde predominam cactáceas, bromélias rupícolas, orquídeas e veloziáceas.

Ocorre na porção baiana da cadeia do Espinhaço, a Chapada Diamantina. Registros recentes da espécie na região do Boqueirão da Onça, no município de Sento Sé-BA, representaram uma ampliação de distribuição da espécie. 
Habita regiões pedregosas e semi-áridas, dos cumes de serras e chapadas. É uma das duas únicas espécies de aves endêmicas do Cerrado Brasileiro que estão restritas aos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço. É classificada como espécie ‘quase ameaçada’ globalmente (BirdLife International 2000), por possuir área de ocorrência limitada que sofre influência do ser humano. O macho possui hábito territorialista, defendendo manchas de recursos florais, e empoleirando-se em arbustos para emitir vocalizações agonísticas contra intrusos.
Como sempre, a natureza fica exposta a ações criminosas com as quais capturam essas pequenas e exuberantes, tanto para fins comerciais, quanto por pra maldade.


 As aparições não são comuns, mas de qualquer forma aguça a curiosidade não só dos contrabandistas, mas também de estudiosos que buscam sempre desvendar os costume e/ou hábitos desse pequeno animal de rara beleza. Devemos manter uma visão de preservação, voltada para a manutenção das espécies, pois nossas belezas são finitas, e quando nos virmos diante da ausência delas, estaremos frente a frente com a nossa consciência que se mostrará impiedosa.





quinta-feira, 25 de outubro de 2012

AS CHAMAS DA DESTRUIÇÃO

A região nordeste brasileira é dotada de uma preciosidade, de rara beleza e de grandes riquezas naturais. A Chapada Diamantina é a mais pura representação de um paraíso fincado no sertão, e morada de sonhos, cenário de paisagens deslumbrantes, com as quais já serviram de palco para algumas passagens televisivas. Apresenta em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 à 1.200 m acima do nível do mar. Com uma área equivalente 38.000 km²,  apresenta várias faces na vegetação, nas montanhas que embelezam ainda mais o visual; numa singela flor do cerrado, que se mostra imponente no seu espaço; na fauna que é característica e riquíssima. Mas como sempre, a humanidade na sua visão podre e deturpada do que é belo, do que é essencial e vital, se mostra cada vez mais intolerante ao que se é natural, reluta em aceitar que o meio ambiente é nosso único meio de sobrevivência, e volta os olhares para os próprios bolsos, para a ostentação de falsas riquezas.

Ano de 2012, mais uma vez nossa região sofre com as queimadas criminosas, irreversíveis e fatais para muitos. As labaredas "lambem" o solo, conseguem dentro de poucos instantes transformar em cinzas um trabalho que a natureza demorou anos pra realizar. 


As cenas aterrorizam, a densa cortina de fumaça esconde a paisagem  e transforma tudo numa só cor, nos mostra uma outra cara, um outro cenário. As cinzas são levadas pelo vento por quilômetros e mais quilômetros e invadem as casas, passam pelas telhas e forram o chão como se avisassem do que está acontecendo com as vidas que se incendeiam, como se essas vidas cobrassem uma posição, ou se clamassem por paz, se gritassem no desespero de fugir daquelas chamas assassinas e como se dissessem: Estão vendo o que nos fazem? É! somos realmente muito fracos por achar que a natureza precisa estar pronta a nos atender, que ela, por ser nosso maior patrimônio cada um tem o direito de extrair, de matar, de execrar. Consciente dos danos futuros, mesmo assim, a humanidade pensa muitas vezes no hoje, e se esquece que o amanhã nem sempre tem data marcada, que esse amanhã pode muito bem chegar hoje, e cobrar por cada árvore derrubada, por cada árvore queimada, por cada animal que perdeu sua vida, por tanto lixo que engole e sufoca o planeta.


As chamas se mantêm e a busca desenfreada do sertanejo chapadense pela salvação continua... Até quando? Mesmo que consigam dissipar as labaredas mortais, as feridas continuarão profundas, nas quais as cicatrizes jamais irão desaparecer, e as forças da natureza um dia também irão se dissipar, e nesse momento estaremos condenados, todos condenados. 

O meio ambiente continua a pedir socorro, e nós, abaixo do Criador, somos os únicos capazes de atender a esse pedido, somos os únicos capazes de por um fim nesse próprio fim. Então, vamos fazer valer o pouco que conseguimos usar da nossa massa encefálica, vamos mostrar que somos capazes de transformar o mundo "pra melhor", vamos mostrar que somos inteligentes o suficiente pra entender que devemos usufruir de forma consciente o que nos é oferecido. A ganância é a maior doença dos fracos de espírito. Sejamos inteligentes e poupemos as vidas daqueles que não têm nada a ver com os nossos erros.
O que nos resta agora é esperar pra ver o que nos sobrará depois de mais esse incêndio na Chapada Diamantina, e nos preparar pra enfrentar as consequências.