quinta-feira, 12 de julho de 2012

CHAPADA DIAMANTINA E O PARQUE NACIONAL



A Chapada Diamantina possui um rico ecossistema e, como em todos os lugares, aumenta-se a busca indevida e desenfreada pelos recursos naturais nela existentes. Desse modo, a necessidade de preservar todo esse berço cultural, histórico e natural, se mostrava cada vez mais evidente, de modo que, o Parque Nacional da Chapada Diamantina foi criado.
Através dos §1º, 2º e 3º do Decreto nº 84.017, de 21/09/1979, a legislação brasileira regulamenta e estabelece normas para os Parques Nacionais (SILVA, 2001). Em 17 de setembro de 1985, o então Presidente da República assinou o decreto nº 91.655, assim sendo, fica criado, no Estado da Bahia, o Parque Nacional da Chapada Diamantina com o objetivo de proteger amostras dos ecossistemas da Serra do Sincorá, presentes na região da Chapada Diamantina, assegurando a preservação de seus recursos naturais e proporcionando oportunidades controladas para o uso pelo público, visitas educativas, pesquisa científica e também contribuindo para a preservação de sítios e estruturas de interesse histórico-cultural existentes na área.
Apesar de o parque ter sido criado visando resguardar a área, atualmente pouco se faz para que seja alcançado o objetivo, pois, percebe-se um cuidado quase inexistente com relação a essa área de preservação ambiental, esquecendo assim, que a “natureza é um bem não-renovável”.
As queimadas constantes no período de grandes secas contribuem para a degradação da Chapada. Essas queimadas são resultados da ação irresponsável dos agricultores, garimpeiros, criadores, andarilhos e caçadores. 


Municípios como Iraquara, Lençóis, Palmeiras, Andaraí, Mucugê e uma pequena extensão de Ibicoara, entre outros, abrangem esse Parque que compõe a unidade geológica conhecida como a Serra do Espinhaço. Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1200m acima do nível do mar.

 Há cerca de um bilhão e seiscentos milhões de anos, iniciou-se a formação da bacia sedimentar do espinhaço, onde rios, ventos e mares desempenharam o papel dos agentes modificadores daquela paisagem dando origem à Chapada. As inúmeras camadas de arenitos e calcários, hoje expostos na Chapada Diamantina, representam as atividades destes agentes ao longo do tempo. Nas ruas e calçadas das cidades, lajes de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas que passavam sobre areais.


A vegetação bastante diversificada mistura floresta e planícies, campos rupestres, agrestes e caatinga. Nos vales à beira dos rios, existem áreas densas e os solos, mais ricos. Uma das atrações é a variedade da flora, apresentando mais de 50 tipos de orquídeas, bromélias e trepadeiras que, num certo período do ano (abril a agosto), embelezam os cenários da Chapada. A região possui também uma infinidade de plantas que são utilizadas para fins medicinais. 
A rica fauna da região apresenta animais como: tamanduá-bandeira, tatu canastra, porcos-espinhos, gatos selvagens, capivaras e inúmeras espécies de pássaros e cobras. Algumas delas estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à caça sem controle. 

Diante disso, surge a pergunta: Até quando nossos "bens naturais" conseguirão resistir à tanta atrocidade? Devemos lutar pela preservação e não pela remediação. Então, a corrente continua.


Nenhum comentário:

Postar um comentário